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Dualidades

Ser de dualidade,

ter em mim o querer falar,

mas no entanto guardo e deambulo,

num gosto absurdo pelo silêncio,

ao ponto de conseguir sentir,

o interno batimento,

como se de um ritmo que me marcasse,

neste compasso, tão, tão profundo,

que me leva a uma exclusão.


Ambiguidade de querer falar,

mas pouco acertar,

tímida e ponderada,

comunicar não é um forte,

em mim,

falha nas palavras,

de muito a querer dizer,

mas irá alguém entender?


Tento falar,

pensar para acrescentar,

entender ou ajudar,

saber escutar.

Navegar nos seus significados,

decifrados, outros,

esquecidos e postos de lado,

de causas perdidas,

ou mesmo enganados.

Escuto.


Ouço, observo, analiso, basta...

Então,

retraio-me no silêncio,

e mergulho na profundeza,

no azul turquesa,

de mim.

Meu fundo é desta cor.


Já num olhar distante,

observo o horizonte,

um para lá, sem fim.

E penso…


As minhas melhores palavras,

são as que ficam por escrever,

por dizer,

manifesto-me na ação,

causa a reação,

da minha expressão,

que ganha manifestação,

no agir,

assim como a pintar,

ou tocar,

Talvez…


Talvez seja essa,

a possível explicação,

para uma melhor compreensão,

desta dualidade,

da comunicação que há em mim,


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